Sairemos melhores? Isso a gente só vai saber lá na frente. O fato é que o coronavírus desnudou falhas profundas na forma como vivemos, trabalhos e nos comportamos e abriu margem para gente repensar maneiras melhores.

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No ambiente de trabalho, se fizermos uma análise simples, podemos ver que muitos comportamentos que tínhamos até então eram insustentáveis. Para que tantas reuniões exaustivas, viagens, conferências e, consequentemente, uma péssima qualidade de vida? A qualidade da nossa saúde mental só fez nos mostrar que o caminho estava errado. Mas, por várias razões, como busca incessante por resultados, metas e alta competitividade, não conseguíamos ter um olhar diferente.

Até que surge uma pandemia. E aí a gente se vê obrigado a repensar tudo, toda a forma como as coisas eram conduzidas até então. O mundo não pode parar, mas o ritmo e o modelo podem e devem ser repensados. Se não num contexto ideal, que seja na marra, forçado.

O home office, modelo já adotado ainda modestamente no universo corporativo, de repente se torna a forma oficial de trabalho. De repente tudo tem de ser virtual: reuniões, conferências, aulas, workshops. E não é que funciona.

E aí? Como será no pós-coronavírus? Não seria a hora de reavaliarmos a necessidade do contato pessoal nas relações profissionais? Em vez de perguntar: por que não pessoalmente? Não poderíamos perguntar: precisa mesmo ser pessoalmente?

O momento exige uma mudança de mentalidade. Em vários sentidos. Em se tratando das relações no trabalho, talvez estejamos diante de uma quebra de paradigma, em que a forma, a qualidade de vida e novas prioridades estejam em jogo. O tempo dirá.

Por: Roger Hayas