Reuniões virtuais, treinamentos remotos, lives, eventos, etc, etc, etc. Tá tudo muito bem. Já entendemos todos que agora é assim que a banda toca. Tudo no virtual até que uma vacina diga o contrário. E olhe lá. Muita coisa não volta mais atrás mesmo.

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Mas o mundo, virado de ponta cabeça de uma hora para a outra mudou sua forma de relacionamento e, para isso, se vê diante de um novo desafio, chamado de capacidade tecnológica e seus custos.

Como viabilizar tecnicamente todo esse fluxo de informações e de necessidades remotas sem abrir mão da qualidade e da segurança da informação?

Investir em tecnologias parece a resposta óbvia. E é.

A questão é: investir em quais tecnologias?

Zoom, Teams, Whereby e Hangout são só algumas das ferramentas digitais disponíveis no mercado, cada qual com suas vantagens e desvantagens.

Por questão de segurança de dados, grandes e médias empresas optam por seus pacotes favoritos e exigem que só eles sejam usados em seus ambientes virtuais.

Ocorre que a ferramenta é uma ponta da equação apenas. Falta falar da estrutura corporativa, da transmissão – leia-se qualidade de Internet – e, o mais difícil, a estrutura da qual os colaboradores dispõe na outra ponta.

Sim, porque uma Internet voando numa ponta não serve de nada se, do “outro lado da linha”, um funcionário, em algum lugar distante, numa planta industrial remota, não tem disponível nem uma coisa nem outra.

Cada vez mais as ferramentas digitais exigem dos usuários smartphones com mais memória e velocidade. Máquinas com processadores capazes de suportar taxas de uploads e downloads cada vez maiores. Roteadores, multiplicadores, fibra óptica, wi-fi, pacotes potentes de anti-vírus, apps, 4G, 4.5G, 5G…, enfim.

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Uma parafernália cada vez mais disponível. Mas acredite, ainda para poucos.

E o pior. Cara. Muito cara em tempos de dólar a R$5,00.

Ah, você mora num país no qual essas tecnologias estão acessíveis à maioria? Sorte sua, caro leitor.

Aqui em terras Tupiniquins, exceto em corporações capazes de gerenciar e suportar departamentos inteiros de TI, a coisa é mais complicada. De novo. Se não pelas corporações, por seus colaboradores.

“Novesfora”, a hora é de investir mesmo, sem o quê não há negócio que prospere nesse momento. É preciso falar com e para o mundo todo. Mas a hora também é de recessão mundial, de dificuldade de caixa, de empregos, de custo de vida.

Qual a saída?

Dar um passo por vez antes de sair criando suas estratégias de utilização das ferramentas digitais.

Elas exigem planejamento não apenas do negócio em si, mas também de profissionais capazes de raciocinar e sugerir quais soluções são as melhores para essa ou aquela estrutura local.

Seu negócio tem 10 lojas num mesmo estado ou é uma empresa de energia espalhada por todo o país? Você tem vendedores na ponta em contato com o cliente final ou só vende remotamente?

Pois é. Diferentes situações exigem diferentes soluções. E para isso, amigo, só “consultando os universitários” certos, que tenham uma visão ampla não apenas do seu negócio, mas do seu negócio no ambiente virtual.

Sem isso, todo o investimento em tecnologia, em estratégias de marketing e de recursos humanos pode ser inútil, por menor que seja a incapacidade técnica do outro lado.

E, de novo, vamos combinar. Com o tal do dólar a R$5,00, ninguém merece, certo?

Por: Ricardo Pinheiro