A Inteligência Artificial (IA) está na crista da onda, mas traz questões éticas e pontos que precisam ser aprimorados. Entenda o que é a Inteligência Artificial, o que ela já nos permite e como nos relacionarmos com ela

Inteligência Artificial (ou Artificial Intelligence, em inglês) é o conceito do momento. Está na cabeça de todo mundo de alguma forma e virou tema nas mais variadas rodinhas de conversa.

Não é para menos. A quantidade de funcionalidades que a IA permite faz com que seja responsável por uma mudança de mentalidade e de costumes sob vários aspectos.

Para a gente ter uma ideia, a tecnologia está tão presente na nossa vida que talvez você nem perceba. Você notou que no seu WhatsApp, Instagram e Facebook agora há um link que remete a uma ferramenta de IA que permite pesquisas direto dessas redes?

Mas é importante entender o que é Inteligência Artificial. É uma área da ciência da computação que busca criar máquinas e sistemas capazes de simular a inteligência humana. Ou seja, essas máquinas podem aprender, raciocinar, resolver problemas e até mesmo entender a linguagem humana.

Mas não é só isso. Sabe aquele reconhecimento facial que desbloqueia seu celular? E o reconhecimento de voz, que entende e responde a comandos de voz? Ou quando você está pesquisando um produto na internet e, de repente, começa a receber vários anúncios? Sabe a Alexa que você tem em casa? Tudo isso é Inteligência Artificial.

Assim sendo, são tantas as possibilidades que a IA passa a ocupar um lugar no mundo que é sem volta. Por isso, vamos entender um pouco mais sobre esse conceito que fascina, instiga e até assusta ao mesmo tempo.

Quando surgiu a Inteligência Artificial?

O conceito de IA começou a ganhar forma na década de 1950. Em 1956, durante a Conferência de Dartmouth, os pesquisadores se reuniram para discutir como as máquinas poderiam simular a inteligência.

Desde então, a área evoluiu consideravelmente, passando por diferentes fases, conhecidas como “invernos da IA”, quando o progresso era lento, e períodos de grande avanço.

Como foi criada

A IA é desenvolvida por meio de algoritmos e modelos matemáticos. Um dos principais métodos é o aprendizado de máquina (ou machine learning), quando estas são treinadas com grandes volumes de dados para reconhecer padrões e tomar decisões.

Além disso, outro método importante é o aprendizado profundo. Ele utiliza redes neurais para resolver problemas mais complicados como, por exemplo, reconhecimento de voz e imagem.

Principais ferramentas de Inteligência Artificial

Atualmente, diversas ferramentas de Inteligência Artificial estão disponíveis e têm aplicações em várias áreas. Algumas das mais populares são:

  • Chatbots: Usados em atendimento ao cliente, conseguem responder perguntas e solucionar problemas de forma rápida.
  • Assistentes Virtuais: Como a Siri e a Alexa, ajudam os usuários com tarefas do dia a dia.
  • Análise de Dados: Sistemas que processam grandes volumes de informações, extraindo insights valiosos para negócios.
  • Reconhecimento Facial: Tecnologia utilizada em segurança e em redes sociais para identificar pessoas em fotos e vídeos.

Funcionalidades da IA

Pensar nas funcionalidades da IA é quase como pensar nas possibilidades do mundo: são tantas, versáteis e poderosas em diversas áreas, por exemplo:

  • saúde
  • educação
  • transporte
  • financeiro
  • entretenimento

Para ilustrar, na medicina, a IA auxilia no diagnóstico precoce de doenças. Na educação, personaliza o aprendizado para cada aluno. No transporte, otimiza rotas e melhora a segurança em veículos autônomos.

Ainda precisa melhorar

Os avanços são impressionantes. No entanto, ainda existem desafios recentes, o que se chama de “desinteligência artificial“, termo que traz as limitações e problemas da tecnologia.

Quer um exemplo? Sabe quando você está em um atendimento em um chatbot tentando resolver um problema sério e as opções são limitadas e não atendem àquilo que você precisa resolver? E ao tentar achar uma solução, você fica sem opção a ponto de o atendimento ser finalizado?

Então, esse é apenas um caso. Muitos sistemas de IA falham em oferecer uma experiência intuitiva. Por isso, a humanização da tecnologia é crucial para garantir que a IA seja aceita e utilizada efetivamente.

Outra questão ainda comum na IA ​​é a falta de compreensão do contexto. Apesar de os algoritmos serem capazes de processar grande quantidade de dados e fazer especificidades, eles ainda não conseguem entender nuances e contextos sociais.

O resultado: decisões imprecisas e, em muitos casos, eticamente questionáveis. Por exemplo, sistemas de reconhecimento facial que se mostram raciais e de gênero, levando a discriminação e erros que podem afetar a vida das pessoas.

Ética no uso da IA

Tudo isso, muitas vezes, nos parece um tanto quanto assustador e, à medida que a IA se torna mais presente em nossas vidas, surgem importantes questões éticas.

Então, como a gente garante que as decisões das máquinas sejam justas e imparciais? Isto é, como protegemos a privacidade das pessoas com acesso a nossos dados o tempo todo?

Nesse sentido, é essencial que o desenvolvimento e o uso da IA sejam guiados por princípios éticos. Em outras palavras, que promovam a transparência, a responsabilidade e o respeito aos direitos humanos.

Resumindo, a Inteligência Artificial é uma ferramenta poderosa que pode transformar o nosso mundo. No entanto, devemos contar com  discussões éticas para garantir que ela seja benéfica para todos. Só assim caminharemos para um futuro no qual a tecnologia e a ética andem lado a lado.

Nosso próximo artigo, o jornalista Gabriel Prince irá trazer a uso da IA no ambiente corporativo. Não perca!

Por Roger Hayas