O Dia Internacional das Mulheres se aproxima. A data, comemorada em 08 de março, ganha cada vez mais visibilidade e atenção na Comunicação Corporativa. Motivos não faltam, afinal, é um momento para criar ações voltadas aos públicos externo e interno.

No entanto, as pessoas que são impactadas estão mais críticas, pois esperam que a ação não seja algo superficial. Pelo contrário, querem uma atitude autêntica da marca. Contudo, para conquistar essa autenticidade não é simples.  É preciso aprofundar o tema e entender a história.

Esse conhecimento só tende a gerar valor para a sua marca. Afinal, você sai do senso comum da feminilidade, que é explorado na maior parte das comunicações. Por consequência, passa a criar ideias alinhadas com o principal objetivo do Dia Internacional das Mulheres: lutar por direitos e igualdade.

A falta do contexto histórico faz com que muitas empresas cometam deslizes ou erros críticos ao criar a comunicação na data. Para evitar que isso ocorra com você, confira nosso resumo da história do Dia Internacional da Mulher:

Emancipação da mulher no mercado de trabalho

O Dia Internacional das Mulheres carrega um passado marcado por tragédias e mortes de mulheres que perderam a vida em busca de melhores condições de trabalho, salário justo e igualdade de direito. Esse histórico começou com a Revolução Industrial, quando teve início a emancipação da mulher no mercado de trabalho.

Neste período elas trabalhavam nas fábricas têxtis e só podiam realizar atividades relacionadas ao cuidado. Assim, atuavam servindo comida aos homens e cuidando da limpeza dos espaços de trabalho.

Além disso, as condições de trabalho eram degradantes, cargas exaustivas em turnos de 16 horas por dia, com apenas uma folga. Ainda tinham remuneração inferior a dos homens e precisavam lidar com o preconceito deles.

Manifestações por direitos

Essa realidade motivou várias manifestações ao longo de séculos. Como ocorreu em março de 1857, em Nova York. Na ocasião, houve uma greve de mulheres pedindo melhores condições de trabalho. Elas foram reprimidas pela polícia e a confusão gerou um incêndio, que vitimou 129 operárias.

Mais adiante, em 1909, trabalhadoras da fábrica Triangle Shirtwaist, em Nova York, realizaram uma greve também por condições dignas de trabalho. O sindicato dos trabalhadores tentou um acordo com a empresa, que nunca chegou a assinar.

O reflexo veio em 25 de março de 1911, quando ocorreu um incêndio na fábrica, que resultou na morte de 125 mulheres e 21 homens. A tragédia gerou inúmeras manifestações pelo mundo em homenagem às vítimas. Ao mesmo tempo, se iniciou um levantamento sobre as condições de segurança no trabalho. Dessa forma, o crescimento dos sindicatos foi se fortalecendo.

Movimentações das mulheres pelo mundo

Mas, antes dessa segunda tragédia, em 1910, na Dinamarca, já havia outro marco histórico. Durante a 2ª Conferência Internacional de Mulheres Trabalhadoras, a professora e jornalista alemã, Clara Zetkin, propôs que, anualmente, em um dia não especificado, todas se reunissem para somar vozes e defender direitos às mulheres.

Entre reivindicações, cobravam a igualdade de direitos. Como por exemplo: ao voto, ao trabalho, à ocupação de cargos públicos. A partir daí, diversos países começaram a realizar suas manifestações anuais.

A mais conhecida foi em 08 de março de 1917. Na ocasião, quando mulheres russas realizaram uma grande manifestação contra a guerra, a falta de bens essenciais à sobrevivência e os baixos salários. Esse foi o pontapé inicial da Revolução Russa.

Em junho ainda de 1917, as trabalhadoras brasileiras também foram às ruas. As protagonistas foram as operárias do Cotonifício Rodolfo Crespi, fábrica têxtil localizada na Mooca (SP). Elas realizaram uma greve para cobrar melhores condições de trabalho e salário justo (pois recebiam bem menos que os homens).

A greve teve violenta repressão, mas, ao mesmo tempo, ganhou o apoio popular. Com isso, a população se juntou às mulheres e foram às ruas. Assim aconteceu a primeira greve geral de trabalhadores do Brasil.

Criação do Dia Internacional da Mulher

Ano após ano, o debate dos direitos da mulher foi ganhando força com vários movimentos pelo mundo. Até que, em 1975, a ONU intitulou como o Ano Internacional da Mulher e decretou o 8 de março como o dia a ser celebrado anualmente.

A data se tornou o que conhecemos hoje: momento para lembrar das conquistas sociais, políticas e econômicas de todas as mulheres, sem distinção de raça, cultura, classe social, econômica, política, entre outras. E, ao mesmo tempo, cobrar por mais avanços, em especial, paridade no mercado de trabalho.

Como usar a história do Dia das Mulheres na comunicação

Com o conhecimento da histórica luta das mulheres, agora é mais fácil pensar em ideias originais e autênticas para promover o reconhecimento a elas.

Para isso, o ideal é fugir de campanhas com elementos que destacam a feminilidade e presentes tradicionais, como flores, bombons e kits de cosméticos, pois isso não contribui para esse reconhecimento. Pelo contrário, apenas segue o senso comum da delicadeza, do cuidado, da amorosidade, e todos os atributos da mulher por ela ser… mulher!

Outra ideia furada é dar de presente um dia operacional 100% das mulheres. Como ocorreu em 2018, com o McDonald’s, quando orgulhosamente fez essa medida para “valorizar o trabalho e a competência delas”. Naturalmente, foi fortemente criticado, pois apenas endossou a sobrecarga de trabalho e desigualdade, dando folga aos homens.

Campanhas sem erro!

Para evitar esses tipos de situações, é importante repensar a comunicação e o tipo de valorização que deve ser feita. Troque os velhos padrões de presentes por experiências que promovam e valorizem a competência, inteligência, desenvolvimento profissional e habilidades das mulheres.

Como por exemplo, mentorias, palestras e workshops de Liderança Feminina. Obviamente, essas opções devem ser protagonizadas por mulheres. Aqui cabe essa ênfase pois, infelizmente, ainda é comum ver esses tipos de eventos da data liderados por homens.

Não há nenhum problema em envolvê-los, pois eles fazem parte da solução para derrubar as barreiras que elas enfrentam. Logo, essa inclusão deve ser para somar no diálogo da equidade de gênero.

Neste caso, vale propor conversas de como eles podem ajudar a promover ações que ajudem a eliminar os principais desafios, como, por exemplo, machismo, sexismo, assédio, desigualdade salarial, sobrecarga, entre outros.

Ao criar peças de comunicação desses eventos e da campanha, busque utilizar elementos e mensagens que tragam representatividade feminina. Além de ressaltar as conquistas ao longo da história e que reconhecer a luta e a competência delas. Afinal, essa luta ainda continua e todos nós podemos derrubar as barreiras culturais, sociais e políticas que elas enfrentam.

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Por: Van Martins