Nesta semana em que se comemora o Dia da Imprensa – 1º de junho -, nada mais oportuno do que discutir o papel da imprensa na sociedade, especialmente no momento em que vivemos. Valores ideológicos à parte – sim, pode-se discutir que a imprensa é parcial, exerce uma papel de manipulação e tem interesses políticos, comerciais e de poder -, a proposta aqui é falar sobre a importância do seu papel na disseminação de informação e, por consequência, na elucidação de fatos históricos que marcaram a vida do mundo.

Como a sociedade teria acesso ao que se passa nos corredores e gabinetes da política? E a ciência, como traria à tona suas descobertas mais recentes que mudaram os rumos de tratamentos de doenças importantes? Como seria possível divulgar em larga escala descobertas importantes de pesquisas e estudos sobre o comportamento humano e os impactos disso na sociedade com o passar dos tempos?

Questione ou concorde com ela, a imprensa tem a função de ampliar olhares, desnudar o que, muitas vezes, foi feito para ficar escondido, trazer à tona aquilo que precisa ser alardeado e discutido.

Por isso, ocupa uma posição de destaque no cenário global. Ocupa e sempre ocupou. Agora, mais do que nunca, em tempos de acesso pleno à tecnologia, em que as pessoas consomem informação o tempo todo e numa velocidade assustadora, a imprensa assume um papel de protagonista – e de responsabilidade – maior ainda. A informação tem de ser precisa, apurada, correta, íntegra. E aí podem surgir questionamentos importantes sobre a postura e a qualidade do serviço prestado. Mas jamais sobre seu papel histórico.

Comunicar é preciso

“Quem não se comunica, se trumbica”. A célebre frase do Velho Guerreiro é atemporal. E em tempos como os atuais, mais do que nunca providencial. A comunicação é e sempre será o elemento fundamental para a própria evolução humana. Não se tem notícia na História de crises vencidas sem diálogo, sem informação, sem comunicação.

Comunicar é preciso. E por comunicação entenda-se suas diversas formas e variáveis. Aqui no nosso universo, a bola da vez são as mídias sociais, especialmente no momento virtual que estamos vivendo. Em tempos de isolamento, a internet surge como o grande atalho para o mundo, a grande janela que nos conecta, que nos oferece serviços, que nos traz informação rápida, ágil, imediata. E, de novo, a Imprensa está aí, fazendo seu papel.

Nesse cenário, no entanto, o cuidado com a comunicação corporativa é o que fará a diferença tanto na imagem de sua empresa, como na construção de marca e, também, na geração de negócios. Se a redes sociais já eram um foco empresarial do qual não se tem como fugir, agora se tornam ainda mais relevantes e necessárias.

Relacionamento com a Imprensa

Nesse momento, outra área da comunicação que merece atenção é a velha e boa Assessoria de Imprensa, que também está se reinventando. A audiência dos veículos de imprensa em tempos de pandemia cresceu substancialmente. No momento em que as pessoas estão isoladas em casa, um fenômeno de mudança de comportamento se mostra claro: o consumo maciço de TV e internet.

Para se ter uma ideia, de acordo com dados do Meio & Mensagem, as 20 maiores audiências de TV dos últimos cinco anos, 11 aconteceram em março deste ano. Na TV paga, o impacto foi maior. A audiência cresceu mais do que a média: 31% entre quem assina TV paga e 26% na TV em geral. Destaques para os canais de notícias GloboNews, líder de audiência no segmento, e o recém-lançado CNN Brasil.

E é aí que o trabalho de Assessoria de Imprensa pode aproveitar a onda de um espaço e de um interesse maior para emplacar pautas. Criatividade e olhar jornalístico são os diferenciais necessários para isso. Afinal, apenas os canais e, em certos casos, a linguagem mudaram. O faro para a notícia continua o mesmo.

Ainda no universo da comunicação corporativa, outro segmento relevante no momento é a comunicação interna.

Mais do que nunca as empresas precisam de uma proximidade grande com seu público interno. É a hora de estreitar laços, de unir forças, de ouvir o colaborador, de envolvê-lo, fazê-lo presente. Nesse universo novo, estabelecer um canal de diálogo com os funcionários (em trabalho presencial ou à distância) é fundamental para difundir informações úteis e estratégicas dos mais diversos tipos, voltadas à saúde, qualidade de vida, novas modalidades de trabalho, de mensuração de resultados ou de diretrizes internas.

Por isso, e por muito mais, nessa semana em que se comemora o Dia da Imprensa, é preciso enxergar a comunicação como um elemento motriz da nossa sociedade, como um diferencial de como iremos vencer esse cenário tão novo e desafiador.

Informação e comunicação são sinônimos de poder, despertar de consciência, “arma” para uma sociedade redefinir seus papéis e escolhas.

E a Imprensa livre é, como sempre foi e será, um elo fundamental da corrente chamada Democracia.

Por: Roger Hayas