Quanto mais olhamos para o processo da Comunicação Corporativa, mais fica claro que todo o nosso trabalho é focado não apenas no nosso cliente, mas também no “cliente do nosso cliente”. Vestimos a camisa do nosso contratante e nos colocamos no sapato do cliente dele. Entender para atender.

Na verdade, todos os dias temos que exercitar nossa capacidade de entender o perfil dessas pessoas. Temos que exercitar nosso talento para chamar-lhes a atenção, seja por uma dor que possamos resolver ou um desejo que podemos atender. Quanto mais formos capazes de fazer isso, maiores as chances de nos comunicarmos corretamente com elas.

Em um mercado B2B, mesmo sendo as relações focadas na comunicação entre empresas, elas são feitas por pessoas. Pessoas compram de pessoas, não de empresas.

Nos eventos corporativos, por exemplo, esses agentes costumam ficar frente a frente e, não raras as vezes, teremos ao mesmo tempo nosso cliente e seu próprio.

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Nessa hora, precisamos buscar cada detalhe, levar o conceito da marca à excelência, fidelizando clientes e gerando leads para contatos futuros.

No final, de tanto pensarmos no cliente do nosso cliente, podemos dizer que somos corretores de seguros, de fundos de pensão, jornalistas, influencers, donos de mercearias, consumidores de pães, cereais, celulares, energia elétrica, ONGs, etc, etc.

Ao exercitarmos a necessidade de nos comunicarmos com todos esses públicos, nada mais estamos fazendo do que ampliar nosso próprio campo de visão, o que, por consequência, nos torna profissionais mais completos. E isso é muito bom.

Na Comunicação Corporativa atual, precisamos dessa diversidade de entendimento, assim como precisamos entender o melhor canal para atingir nossos objetivos, seja junto às empresas contratantes quanto aos seus clientes finais.

Conhecer para conquistar

O primeiro passo nesse sentido é conhecer profundamente qual o perfil do seu público-alvo, seja ele uma empresa, um colaborador ou um cliente final.

E isso é condição fundamental, sem a qual nossa comunicação tem tudo para dar errado.

Uma vez entendida essa questão, é hora de entender e planejar as formas de despertar nessas pessoas a percepção correta de nossa mensagem. E engana-se quem acha que estamos no final do processo.

Não. É preciso ainda executar, transmitir e permitir que nosso cliente entenda as mensagens rapidamente, muitas vezes sem uma palavra sequer. Apenas usando uma imagem, um som, um cheiro, um gosto.

É o conjunto da obra, ou seja, o conjunto de sensações e de mensagens que vai garantir ao meu cliente alcançar e conquistar seu próprio cliente.

No fundo, é para isso que existimos. Agências e profissionais de comunicação têm o dever de trazer resultados práticos a seus clientes. E só chegamos lá quando alcançamos e conquistamos a atenção dessas pessoas.

É isso, e nada mais, que nos garantirá uma vida longa num mercado tão concorrido e, muitas vezes, vazio de conteúdo. O resto é discurso.

Por: Renato Tura e Ricardo Pinheiro